Saturday, February 02, 2008

(In)Volução

É normal que na relação entre as sociedades ditas evoluídas e as involuídas, os grandes centros e colônias, haja a cópia de atitudes, de usos e costumes daquelas por parte destas. O simples ato de copiar, em princípio, não é, pois, atitude condenável. Mas manda a sabedoria que se copie aquilo que vale a pena, os bons hábitos, copiar porcaria é sintoma de burrice, da falta de um espírito crítico, de uma tendência a manter-se permanentemente na situação de subdesenvolvido.

Assisti na televisão a alguns flashes do carnaval de rua da cidade de São Paulo. Num deles, em que as camaras se focaram momentâneamente num carro alegórico, notei uma dançarina de biquini fazendo malabarismos num mastro, aqueles típicos dos cabarets norte-americanos. Sendo o carnaval uma festa legitimamente brasileira, fiquei pensando qual seria o sentido, o que aquilo quereria representar no desfile.

Não fiquei sabendo, nem mesmo qual era o tema ou o nome da escola em questão. Analiso, pois, correndo o risco de ser precipitado, mas acredito que se trate do mais legítimo "macaquismo", essa mania de imitar tupiniquim as porcarias lá de fora. Claro, sei que a motivadora é a Rede Globo, que em algumas das suas novelas tem insistido em divulgar o referido aparato. Afinal, com que finalidade? O que ganhamos com isso?

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