Monday, October 27, 2008

Dos enganos da "matriz"

O pessoal do Rio e de São Paulo acha que todo brasileiro é Flamenguista ou Corintiano. Pois bem, eu não sou nem um, e muito menos o outro. Essa coisa de centro e colônia não funciona por aqui - está certo, acho que aqui no Rio Grande do Sul fugimos um pouco ao modelo do resto do país. 

Até entendo de onde vem essa crença - errada no nosso caso -, basta ver o grande número de torcedores dessas equipes no centro, norte e nordeste do país. É um número que surprende. Não consigo entender os motivos que fazem os habitantes dessas regiões se tornarem fervorosos torcedores de equipes que não têm nada a ver com a sua terra, com o povo local.

O que isso tem de mal ou de bem? Infelizmente os órgãos da imprensa que fazem a cobertura nacional do futebol ficam com essa visão bitolada de que aqui nós estamos ansiosos por notícias dessas equipes - ledo engano! Acompanhei essa semana a grande cobertura que derem ao ascenso do Corintians a primeira divisão do futebol brasileiro.

Como disse, para mim tanto taz como tanto fez. Bom se subisse, bom se continuasse, indiferene se caísse. Quer saber? Não quero saber... 

 

Saturday, February 02, 2008

(In)Volução

É normal que na relação entre as sociedades ditas evoluídas e as involuídas, os grandes centros e colônias, haja a cópia de atitudes, de usos e costumes daquelas por parte destas. O simples ato de copiar, em princípio, não é, pois, atitude condenável. Mas manda a sabedoria que se copie aquilo que vale a pena, os bons hábitos, copiar porcaria é sintoma de burrice, da falta de um espírito crítico, de uma tendência a manter-se permanentemente na situação de subdesenvolvido.

Assisti na televisão a alguns flashes do carnaval de rua da cidade de São Paulo. Num deles, em que as camaras se focaram momentâneamente num carro alegórico, notei uma dançarina de biquini fazendo malabarismos num mastro, aqueles típicos dos cabarets norte-americanos. Sendo o carnaval uma festa legitimamente brasileira, fiquei pensando qual seria o sentido, o que aquilo quereria representar no desfile.

Não fiquei sabendo, nem mesmo qual era o tema ou o nome da escola em questão. Analiso, pois, correndo o risco de ser precipitado, mas acredito que se trate do mais legítimo "macaquismo", essa mania de imitar tupiniquim as porcarias lá de fora. Claro, sei que a motivadora é a Rede Globo, que em algumas das suas novelas tem insistido em divulgar o referido aparato. Afinal, com que finalidade? O que ganhamos com isso?