Saturday, November 18, 2006

Geladeiras de Madeira

Não sei explicar ou não sei se há necessidade de uma explicar os motivos para o ressurgimento de algumas lembranças; principalmente de algumas estranhas lembranças. Quem pode afirmar com certeza conhecer o conteúdo dessa verdadeira caixa preta que é a nossa cabeça? É, eu sei, se tem uma boa idéia de como a coisa funciona: espero que além de boa ela esteja correta.

Com ou sem explicações, volta e meia me voltam alguma idéias, fatos, coisas do passado. Ontem estava pensando nas primeiras geladeiras de madeira - tenho ou não razão que essa é uma coisa estranha para ser lembrada? Acho que a grande maioria da geração dos nossos dias não sabe, com certeza a maioria não faz nem idéia, mas as primeiras geladeiras eram caixas de madeira revestidas com folhas de zinco, nas quais se colocava o gelo mara a refrigeração dos alimentos.

Esse é o verdadeiro exemplo de que "uma imagem vale por mil palavras". Embora eu não tenha localizado exatamente a imagem certa, essa da imagem da foto à esquerda está muito perto daquilo que era uma dessas geladeiras de madeira. O gelo, que vinha em barras e era vendido diariamente nas casas de porta em porta, era picado e colocado por uma porta que ficava na parte superior da geladeira (a parte superior em vermelho). O gelo chegava a durar dois ou tres dias, dependendo da temperatura do ambiente de acordo com a estação do ano - na época em que os climas ainda seguiam as estações climáticas do ano!

Fica o registro para a história dessas primeiras e primitivas geladeiras. E dizer que o mundo um dia já foi assim...

Monday, October 30, 2006

(Re) Conexão

Tanto tempo sem atualizar o Pipocador e os assuntos parece que foram escrito ontem e hoje. Ontem a promessa e os motivos da reeleição, hoje a realidade (ou pesadêlo?) Certamente quem já perdeu quatro anos, pode perder mais quatro... pode perder uma vida esperando as coisas melhorarem.

Continuamos sendo o eterno "país do futuro" (do pretérito?); nossa gente, cansada de eleger os doutos, resolveu apostar nos ignaros, pobre e desesperançada gente que ainda acha que sairá do seu meio um profeta salvador que virá para os salvar.

Enquanto isso, é bom levar vantagem em tudo, certo?

Wednesday, June 21, 2006

Desconexão

Essa desconexão entre os fatos políticos nacionais e a resposta do eleitorado revela uma total falta de conhecimento de como pensa o nosso povo. Todos entendiam que um escândalo a nível nacional, o envolvimento do presidente da república na formação dessa quadrilha que tomou e montou um plano para se manter no poder, o recebimento de benefícios da Telemar por seu filho e outras maldadezinhas, fossem o suficiente para acabar com a pretensão política da reeleição.

E nem pensem que essa é uma questão advinda da ignorância popular do assunto, nossa gente é simples, mas não é boba; sabem que os seus votos estão de certa forma sendo comprados com esses programas populares do pt; tudo bem, sejam o que forem eles querem continuar recebendo. Se têm certeza de continuarão recebendo com o reizinho, porque arriscar com um picolé de chuchu desconhecido - ou antes conhecido, eis que é mais um clone de Fernando Henrique?

Monday, May 29, 2006

Pipoca com guaraná

Ultimamente tem sido difícil fugir dessa armadilha: falar sobre os problemas nacionais. Para isso eu teria que escolher outro tema, um outro assunto. Sei que é uma bobagem, que não há nenhuma divisão rigida, mas normalmente separo os meu blogs por assuntos, o nome desse blog, Pipoca, que poderia sugerir temas ligados ao cinema, acabou sendo um lugar onde falo mais sobre a política nacional.

Ocorre que até nos blogs onde falo sobre cinema, o assunto anda escasso, porque o cinema não atravessa na atualidade uma das suas fases de maior brilhantismo - isso para não dizer que a safra dos filmes atuais é uma, como posso amenizar o adjetivo, vamos dizer uma safra "fraquinha". Então, apesar do nome pipoca, resolvi deixar o cinema de lado.

Não sei se ocorre só comigo, mas falo porque que vivo intensamente a política nacional acompanhando com interesse as notícias todos os dias. Essa saturação se deve a essa situação de crise quase diária, e isso acaba cansando! Ou talvez o cansaço se derive da constatação de que pouco se pode fazer para resolver os nossos problemas, a maioria deles advindos de um povo sem uma mínima formação cultural.

Não levem isso muito a sério, acho que é um desabafo. Um grande abraço e até a próxima!

Thursday, May 18, 2006

Joio e trigo

Esse tema não é novo nos meus blogs, não é novo na imprensa, mas o assunto se agrava a cada dia que passa. A manchete do jornal de hoje estampa: "'Bancada Sanguessuga' pode ter 283 integrantes". Lembrei também de um outro post que escrevi com o título Sodomo e Gomorra, lembram da história bíblica? Quando o Senhor resolveu exterminar com as cidades que viviam envoltas em corrupção? Naquela ocasião Abraão, o patriarca bíblico, tomou a si a tarefa de tentar defender as cidades, alegando que na destruição das cidades poderiam morrer justos junto com os pecadores.

Duas passagens bíblicas, o joio que se mistura ao trigo, danificando toda a colheita, os justos entre os pecadores nas cidades tomadas pela corrupção. Transferindo essas passagens para a realidade dos dias de hoje, entre os 513 Deputados Federais, entre os 84 Senadores, quanto trigo haverá nessa lavoura, quantos justos entre pecadores? Ensina também o livro da sabedoria que "aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra", ensinamento válido, para nos lembrar que a classe política sai do meio de nós, são tão brasileiros quanto nós, levam nossas virtudes e os nossos defeitos para o Congresso Nacional.

Da reflexão de cada um, do posicionamento de cada cidadão deverá sair um juízo de valor sobre tudo o que se está vivendo nesse período conturbado da história nacional, caberá a cada um decidir no final do ano qual será o destino da nação. Talvez não se julgue individualmente este ou aquele, mas com ensina o livro da sabedoria, talvez seja preciso cortar toda a lavoura para que as próximas safras sejam favoráveis, ou que as cidades corruptas sejam arrasadas para que uma nova geração floresça; será um preço a pagar por novos tempos.

Tuesday, April 25, 2006

Quantas histórias.

Ele tem as marcas de muitos anos na pele, e tem um brilho que revela muitas idéias no seu terno olhar. Fico pensando em quantas histórias maravilhosas estarão guardadas na sua mente. Talvez já não lembre de todas, ou quem sabe, lembre? Ele me olha e sorri, um sorriso verdadeiro, sincero, que passa através dos seus dentes plásticos, dentes falsos da dentadura. Pergunto como vai, ele responde com um aceno de mão, quase uma continência, mas que combinada com um leve meneio da cabeça responde ao meu questionamento. Sento num banquinho em frente ao seu. Ele me olha e sorri, um sorriso largo e satisfeito.

Quantos anos terá? Por quantas aventuras terá passado durante a sua vida? Por quantas necessidades? Vejo no seu barraco o retrato de uma grande simplicidade e de carência. Essa carência talvez esteja nos meus olhos, no meu olhar de consumidor classe média. Estou acostumado com mais coisas, com mais conforto. Para ele, talvez aquilo seja o suficiente, talvez não precise do aquilo que tem para viver. Eu penso nele com as minhas necessidades, não com as deles.

Penso em que perguntar, em como perguntar. Escolho com cuidado a pergunta inaugural, tentando ser o mais direto, o mais simpático possível, tentando não ferir sua suscetibilidade. Ele não me dá tempo, antes que eu conclua o meu raciocínio, ele faz a primeira pergunta: - O moço deseja beber alguma coisa, quer um copo de água? A minha promoção a moço é fruto da sua idade bem avançada, sei que não sou mais um moço. Agradeço com um sorriso e aproveito para me apresentar: - Não, obrigado. Sou fulano de tal, como vai o senhor? Tudo bem? Ele me responde lacônico: - Tudo.

Permaneço ali por quase duas horas perguntando e ouvindo as suas respostas. Tivesse mais tempo e poderia ficar mais horas, muito mais horas. Sua memória é muito boa, um arquivo, sabe muitas histórias de tempos imemoriais para a maioria. Agradeço pela entrevista e prometo voltar em breve - preciso voltar em breve para registrar mais da sua história, a história de uma vida que cruza séculos.

Tuesday, March 28, 2006

Queria ter tempo

Para ficar pesquisando esses novos fenômenos de mídia, interessa-me saber como surgem, porque surgem, o efeito que causam no cenário. Infelizmente não há tempo disponível para esse tipo de pesquisa, o jeito é absorver o pronto, produto enlatado, contentar-se com o já feito, o já pesquisado. Não é a mesma coisa, mas fazer o quê?

Tuesday, March 07, 2006

Pipoqueiro

Quisera ser ao menos um pipoqueiro verdadeiro, aquele que vende a pipoca, alegra as crianças, enfeita a vida dos outros, mas não sou. Pipoqueiro é a giria que se usa para o jogador de futebol que nos lances decisivos tira o pé nas bolas perigosas, nas divididas em que há o perigo de alguém sair machucado. Sou um desses pipoqueiros na vida. Viver significa enfrentar riscos, muitas vezes é cartada de mão num jogo de poker onde é preciso pagar pra ver. Não arrisco, vivo sempre na mesmice, abracei a pequenez desse pouco almejar que, com meu medo de perder, nunca me possibilita ganhar. Pior de tudo é que me sei assim, diminuído, resumido, pequeno, e assumo essa minha pequenez.

Monday, February 27, 2006

O Pior Cego

Não é à toa que o ditado afirma que o "pior cego é aquele que não quer ver". O que tem se feito de manobras nos últimos anos para mascarar, deturpar, ocultar, e todos os outros adjetivos que signifiquem manipulação dos dados, no Brasil é uma enormidade. Certos dados básicos para qualquer pesquisa estatística séria foram sumariamente abandonados; em outros casos simplesmente abandonou-se os resultados anteriores que envenenavam os resultados atuais, e os comparativos passaram a ser feitos com base em "períodos mais favoráveis"; o crescimento vegetativo, ítem fundamental em qualquer pesquisa, quase sempre é omitido.

Não sou um profissional na área da estatística, apenas um curioso, mas é impossível não "enxergar" essa política que visa cegar a população, mascarando a realidade. Há pouco até um ato administrativo foi implementado, impedindo a divulgação de estatísticas sem o aval "da presidência da república". Um instituto de avaliação do próprio governo, pois o povo usa as estatísticas para saber como vai o seu governo, foi "devidamente domado" e colocado sobre controle do poder central - ato, alias, bem característico desses governos que se dizem "democráticos" mas praticam uma democracia de conveniência bem interessante - que gosta de controlar a imprensa e tudo o mais.

Esse controle exercido sob a publicidade dos órgãos estatísticos, mesmo que se alegue que não visa alterar os dados publicados, foi o que propiciou agora, que a divulgação desse crescimento econômico ridículo, pífio, de 2,3% no ano passado, um resultado desastroso para esse governo incompetente, fosse divulgado numa sexta-feira, numa véspera de carnaval! Isso é algo democrático e admissível?

Eu. que sou leigo na matéria, mas que procuro me informar sobre as realidades do país, sei da dificuldade de se obter qualquer dado confiável, tudo está escondido, tudo é complicado de se obter, não há dados resumidos, tudo está em tabelas monstruosas, propositalmente para dificultar a consulta. E olhe que sou o que se pode chamar de "macaco velho" na internete, faço idéia de como enfrentará tudo isso um usuário novato, certamente desistiria na primeira tentativa.

Estava consultando há pouco dados sobre a evolução no consumo de combustíveis no país. Os dados da última década, com exceção de óleo diesel, se aplicadas as boas normas estatísticas, apontam para decréscimos no consumo de todos combustíveis. O que isso quer dizer? Que a população adquiriu consciência ecológica e está andando mais a pé ou de bicicleta? Que a população está falida e não tem dinheiro para um combustível cada vez mais caro? Que nosso país está encolhendo economicamente? Todas as respostas? Nenhuma delas?

Este é só um exemplo daquilo que eu desejava explicar. O mesmo se dá com outros dados importantes, no caso do desemprego, você acredita que o desemprego diminuiu nesses últimos tempos? Pois é, nem eu acredito nisso. Li estes dias que para se calcular o número de desempregados, os que estão desempregados há mais tempo deveriam ser excluído dos índices, se considerando só os "novos desempregados". O que fazemos com os "velhos desempregados?" Pulverizamos?

Pensem nisso, enquanto eu digo até a próxima...

Monday, February 20, 2006

Liberdade de Expressão.

O cara se diz um historiador, vai a um país estrangeiro e nega a existência do holocausto. Depois de sentenciado a três anos de prisão, por racismo e anti-semitismo, na Austria, onde é crime negar o holocausto, David Irving ainda fala em liberdade de expressão.

Ele não pode negar, teve a sua liberdade de expressão, pôde dizer o que bem quiz, mas isso também não quer dizer que ele não vá responder pelo que disse. Liberdade de expressão não exime a contrapartida da responsabilidade pelo que se diz.

Thursday, February 09, 2006

Parasitismo do Sucesso

Podem falar o que quiserem, mas, para mim, o nome que se dá isso é falta de criatividade, ou oportunismo barato. Bastou Dave Brown alcançar a fama mundial com seus livros - Anjos e Demônios, O Código Da Vinci, e outros - para que uma multidão de "escritores" se lançassem a aproveitar o sucesso alheio. Alguns se dispuseram a ajudar quem leu e não entendeu patavinas dos livros, outros escreveram críticas sobre as obras e, até, pasmem!, livros para apontar as falhas existentes nos livros do autor!

Existem infinitos assuntos no mundo, a criatividade é ilimitada, basta pensar um pouco e logo aparecerá um tema novo e cativante. Ou até um tema velho visto com novos olhos, sob novo prisma. Qual a necessidade de ser um sanguessuga? Acreditem, o parasitismo não faz bem nem ao hospedeiro - porque de alguma forma prejudica-lhe -, nem ao parasita - porque o parasitismo gera desconforto, aquela sensação de "eu sei que eu sou".

Eu tenho como norma não dar o mínimo valor a essas tipo de iniciativa, e jamais compraria um livro desses, fosse por mim esse tipo de escritor morreria de fome - pensando bem, não deixaria morrer de fome, isso é ser cruel, ajudaria a fundar a CEPA, a Casa do Escritor Parasita Arrependido.

Friday, February 03, 2006

Os bobos tristes

Image hosting by PhotobucketEncontrei esse "bobo da corte" tão bonito, mas com esse olhar tristonho. Ele expressa o sentimento que devem ter todos os bobos da corte, obrigados que são a achar graça só por um dever de ofício.

Ser um bobo da corte não é nada engraçado, mas é como muitas vezes me sinto aqui nesse país, vendo como as coisas são administradas por aqui. E como esse bobo da corte aí da foto eu também fico com essa cara de tristeza, embora eu saiba que isso não vai resolver nada.

Alguém comentou num dos blogs em que escrevo hoje que "o dia em que o brasileiro tomar vergonha na cara e partir para o revide a coisa vai mudar". Será que vamos precisar de sangue para mudar esse país?

Essa é uma tese, dizem que só quem chora em cima do sangue derramado dos filhos sabe dar valor a honra e a dignidade. Não sei qual é a solução, mas, se tiver que ser dessa forma, é uma pena.

Friday, January 27, 2006

A Internet

Do The Devil's Dictionary:
e-mail, noun - A method of electronic communication, primarily used to inform you that your penis is too small. “I’ve got e-mail. And it is not!”

São essas coisas que tornam a internete esse maravilhoso balaio de gatos que a gente vê - e convive com ele - todos os dias. Quem diria há alguns anos que ficariamos todos tão dependentes dessas engenhocas computadorizadas, dependentes dessa rede fantástica que liga alguém no Azerbaijão* com alguém em "nesse lugar que você está nesse exato momento".

*Nome oficial: República do Azerbaidjão (Azârbaycan Respublikasi).
Nacionalidade: azeri ou azerbaidjano.
Data nacional: 28 de maio (Independência).
Capital: Baku.
Cidades principais: Baku (1.708.000) (1999); Gäncä (291.000), Sumqayt (268.000), Mingäçevir (96.000), Nakhitchevan (76.000) (1995).
Idioma: azerbaidjano (oficial), russo.
Religião: islamismo 93,3% (maioria xiita), cristianismo 2,2% (ortodoxos russos 1,1%, apostólicos armênios 1,1%), outras 4,5% (1997).

GEOGRAFIA:
Localização: extremo leste da Europa.
Área: 86.600 km2.
Clima: temperado continental.
Área de floresta: 10 mil km2 (1995).

Thursday, January 19, 2006

Bye, Bye, Brasil

Eu acredito que publicidade firma conceitos; se você não acredita no conceito, não há como firmá-lo. "Brasil, país de todos" é um slogan - esse que o "nosso guia" quer afixar nos carros oficiais - que para mim não diz nada. Ultimamente o Brasil não tem sido "meu", da mesma forma como tem sido para outros. Acho que os banqueiros podem dizer isso com satisfação, o Brasil tem sido uma mãe para eles; vou além, os mais pobres podem dizer também com satisfação, os governos tem sido pais para com eles.

Infelizmente o Brasil para mim não tem sido nem mãe, nem pai, tem sido padrasto, não sinto ele como "o meu país" da mesma forma. Tudo isso por uma simples razão: porque as benécies de uns e de outros, de banqueiros ricos e de pobres necessitados, tem sido pagas por mim, eu tenho financiado essas bondades, o meu dinheiro é que têm sido usado para isso. Evidente que, se eu estou pagando, estou ficando mais pobre, mais necessitado, empobrecido, e assim só posso me sintir infeliz no país.

Pago uma previdência que não faço uso dela, ou seja, financio uma previdência que é usada para prestar assistência médica aos necessitados. Pago imposto de renda sem a competente contrapartida nos serviços governementais, após pagar o imposto tenho que pagar por todos os serviços que deveria receber do estado. Por exemplo, tenho que pagar o estudo universitário particular de meu filho, enquanto isso o dinheiro do meu imposto financia ensino universitário a estudantes carentes.

Ou seja, estou pensando seriamente em abandonar o país, deixá-lo entregue a sua própria sorte, outro que passe a pagar a conta, cansei!, só assim resolverei o meu problema. Não posso ficar eternamente pagando por algo que não irei receber nunca. Não é só uma questão de não querer pagar, mas de um dinheiro que já me faz falta para coisas essenciais. O jeito é bye, bye Brasil, sem retorno.

Wednesday, January 11, 2006

Só pipocando fora mesmo!

Tarso Genro ministro do Supremo Tribunal Federal? Eu ainda morro disso? A se confirmar a notícia, devemos concluir que esse definitivamente não é um país sério; como eu ando dizendo frente a tantas e constantes decepções, o jeito é ir embora, se mudar para um lugar onde as coisas sejam levadas realmente a sério; temos muitos lugares para escolher, temos a Bolívia, o Paraguai, enfim, um monte de lugares sérios.

Como pode se esperar de alguém que foi presidente de um partido político há alguns meses a necessária isenção de um magistrado? Nada pessoal contra o Dr. Tarso, mas a sua condição de ex-presidente - e ainda ativo militante - de um partido que responde ou reponderá judicialmente por inúmeras irregularidades praticadas nos últimos tempos compromete essa aspiração. Aliás, a rigor nem sei se é uma aspiração pessoal do Dr. Tarso, as notícias falam em indicação do Ministro da Justiça.

Vamos ficar na aguardo, torcendo para que este tipo de notícia não evolua, que fique nisso, que não passe de um boato. Um mínimo de ética e de seriedade é preciso de parte daqueles que ainda se dizem com capacidade de nos governar, nem que seja por mais alguns meses para depois - queira Deus! - desaparecerem para todo o sempre do cenário político do país.