Thursday, January 19, 2006

Bye, Bye, Brasil

Eu acredito que publicidade firma conceitos; se você não acredita no conceito, não há como firmá-lo. "Brasil, país de todos" é um slogan - esse que o "nosso guia" quer afixar nos carros oficiais - que para mim não diz nada. Ultimamente o Brasil não tem sido "meu", da mesma forma como tem sido para outros. Acho que os banqueiros podem dizer isso com satisfação, o Brasil tem sido uma mãe para eles; vou além, os mais pobres podem dizer também com satisfação, os governos tem sido pais para com eles.

Infelizmente o Brasil para mim não tem sido nem mãe, nem pai, tem sido padrasto, não sinto ele como "o meu país" da mesma forma. Tudo isso por uma simples razão: porque as benécies de uns e de outros, de banqueiros ricos e de pobres necessitados, tem sido pagas por mim, eu tenho financiado essas bondades, o meu dinheiro é que têm sido usado para isso. Evidente que, se eu estou pagando, estou ficando mais pobre, mais necessitado, empobrecido, e assim só posso me sintir infeliz no país.

Pago uma previdência que não faço uso dela, ou seja, financio uma previdência que é usada para prestar assistência médica aos necessitados. Pago imposto de renda sem a competente contrapartida nos serviços governementais, após pagar o imposto tenho que pagar por todos os serviços que deveria receber do estado. Por exemplo, tenho que pagar o estudo universitário particular de meu filho, enquanto isso o dinheiro do meu imposto financia ensino universitário a estudantes carentes.

Ou seja, estou pensando seriamente em abandonar o país, deixá-lo entregue a sua própria sorte, outro que passe a pagar a conta, cansei!, só assim resolverei o meu problema. Não posso ficar eternamente pagando por algo que não irei receber nunca. Não é só uma questão de não querer pagar, mas de um dinheiro que já me faz falta para coisas essenciais. O jeito é bye, bye Brasil, sem retorno.

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